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Anderson Varejão: ídolo da NBA quer campanha vitoriosa com a Seleção

No país de Pelé e tantos outros craques, os meninos aprendem cedo o amor pela bola e depositam nela os sonhos. Como tantos outros garotos, Anderson Varejão também quis ser jogador de futebol. Mas foi por outra bola, a laranja, do basquete, que ele se apaixonou. O capixaba de cabelos encaracolados era gigante demais para seguir nas quadras do Espírito Santo. Ainda adolescente, migrou para o Franca. Jogou em Barcelona. E não demorou muito para conquistar o seu lugar na disputada liga americana, a NBA.

Ele garante que tinha jeito com a bola no pé. Mas em casa, o irmão mais velho, Sandro, já era jogador de basquete. E foi no Saldanha da Gama que o menino Varejão fez seus primeiros arremessos. "Quando era pequeno, corria atrás da bola de futebol. Gostava e gosto muito. Eu jogava bem. Mas fui crescendo, conheci o basquete e me apaixonei. Tenho muito orgulho de ter começado, aprendido e dado os meus primeiros arremessos pelo Saldanha da Gama. Foi onde tive a minha base no basquete e a base é fundamental, é importantíssima", afirma. Alarico Duarte foi primeiro treinador de Anderson Varejão. Ainda pequeno, já dava para ver que o menino tinha talento. Mas era difícil imaginar que ele chegaria tão longe.

"Ele tinha 11 anos quando começou e a gente percebeu que ele levava jeito. No Saldanha ele nunca foi pivô, só jogava como armador. Nessa idade, o Varejão não era o cara mais habilidoso do time, mas jogava bem. Ainda não dava para imaginar que ele ia jogar na NBA um dia. Depois ele cresceu, trocou de profissão, melhorou a técnica. Ter começado entre os menores abriu muitas possibilidade para ele", recorda. Fã de Michael Jordan, as principais inspirações de Varejão sempre vieram de casa. Além do jogador americano de basquete, o capixaba tem profunda admiração pelo pai, Sebastião, e pelo irmão, Sandro. E foi seguindo os passos do irmão mais velho, que ele decidiu deixar o Espírito Santo aos 16 anos. "O Sandro já atuava no Franca e lá tinha uma equipe adulta disputando os campeonatos nacionais. Foi uma forma de dar sequência na minha carreira. Era uma escolha que eu precisava fazer para a minha vida. Deixar meu estado, meus amigos e minha família e ir em busca de um sonho. Segui o memso caminho do meu irmão, e me orgulho disso", conta. Depois de cinco anos jogando em São Paulo, Varejão deixou o Brasil para defender o Barcelona, da Espanha, por três anos. De lá migrou para a NBA, onde há 11 anos veste a camisa do Cleveland Cavaliers. No Cavs, ele ganhou reconhecimento e virou ídolo da torcida. A receita do sucesso: dedicação, foco e apoio.

"Tive sempre muito apoio, da minha família, dos amigos, dos meus técnicos e companheiros. Sempre transformei isso em motivação e vontade. Foco e dedicação são fundamentais para se chegar aos objetivos. Sempre quis ser jogador, lutei pelos meus sonhos e alcancei as minhas metas muito em função do que tive de suporte", reconhece. Muitas lesões no caminho Aos 32 anos, muitas foram as pedras no caminho de Anderson Varejão. Em 11 temporadas na NBA, o capixaba sofreu 10 lesões: tornozelo, joelho, ombro, coxa e punho. A situação mais grave e preocupante veio em 2013. Enquanto se recuperava de uma cirurgia no joelho, uma embolia pulmonar tirou o pivô do Cavs da temporada da NBA e o impediu de vestir a camisa da Seleção Brasileira para a disputa da Copa América.

"Isso tudo atrapalhou um pouco, porque interrompeu o meu trabalho por algumas vezes. E sempre aconteceu em momentos que eu estava jogando bem, ajudando a equipe. Mas nunca passou pela minha cabeça parar. Desanima na hora, fiquei triste, chateado, mas isso passa, faz parte da vida do atleta. O tempo é o melhor remédio e ajuda a ficar mais tranquilo, focar na recuperação, no tratamento", diz o capixaba, que no momento se recupera de uma cirurgia no tendão de aquiles. A busca por boa campanha na Seleção

Anderson Varejão estava em quadra, quando o Brasil foi foi derrotado, por 82 a 77, pela Argentina, nas quartas de finais dos jogos Olímpicos de Londres, em 2012. A eliminação tirou a chance do Brasil disputar uma final história com os EUA, depois de ter derrotado a forte Espanha na primeira fase. A Seleção de basquete não disputava uma olimpíada desde 1996, em Atlanta, quando o time brasileiro ainda contava com a presença do ídolo Oscar. E a volta, depois de 16 anos fora da competição, poderia ter sido melhor.

"Nada vai fazer aquele resultado mudar, infelizmente. Perdemos como um grupo, a Seleção foi eliminada. Fizemos um excelente campeonato, jogamos de igual para igual com todas as principais seleções, mantivemos isso na Copa do Mundo, competindo num nível altíssimo. Temos que olhar para a frente, agora o foco está nas Olimpíadas do Brasil", afirma. E para os jogos do Rio, Varejão quer a sonhada medalha. Para o capixaba, o Brasil tem plenas condições de disputar de igual para igual com grandes seleções como Espanha, argentina, EUA e Rússia. "Estamos vivendo um momento muito bom, nossa seleção vem de ótimos resultados. Muitos jogadores espalhados pelo mundo, se destacando na Europa e aqui na NBA, o NBB consolidado, disputado em alto nível.Temos crescido, o basquete está evoluindo, voltando a ter um lugar de destaque e fico feliz de ver isso. Temos condições de lutar por uma medalha, de jogar de igual para igual com qualquer seleção do mundo. Chegamos perto em Londres. E jogando em casa, com o calor do nosso povo, vamos estar ainda mais fortes", acredita.

Fonte: Gazeta Online


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