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De mudança pra São Paulo, dupla capixaba trilha caminho de Varejão

No final dos anos 90, Franca recebeu um garoto capixaba, de estatura elevada e vasta cabeleira: Anderson Varejão. Depois disso, o ala-pivô fez sucesso, foi para a seleção brasileira, passou pela Europa e já está há 10 anos no Cleveland Cavaliers, da NBA, a liga norte-americana de basquete.

Agora, dois outros garotos capixabas, ambos de 15 anos, começam a seguir o mesmo caminho: vão jogar na “meca” do basquete brasileiro, São Paulo, sonhando em fazer tanto sucesso quanto o conterrâneo famoso. O ala-armador Marcos Henrique Louzada está indo justamente para o Franca e Gabriel Riomar, para o Pinheiros.

Mais conhecido como Didi, o cachoeirense Marcos Henrique esteve com a seleção brasileira sub-15, no fim do ano passado, após ter se destacado no Campeonato Nacional. No Sul-Americano, disputado na Venezuela, foi o cestinha.

Com contrato firmado por dois anos, Didi – que recebeu este apelido da avó, quando seu nome ainda não havia sido escolhido – sonha ir longe e chegar onde os seus grandes ídolos estão.

“Estou indo atrás do meu sonho, com o apoio da minha família. Lá em Franca, quero me sair muito bem, para, quem sabe, alcançar o maior sonho de todos, que é jogar na NBA. Varejão conseguiu e eu vou lutar para isso também. Além do Anderson, gosto muito do LeBron James também. Eu me espelho nele”, revela.

Natural de Vitória, Gabriel morou na casa de Didi, em Cachoeiro de Itapemirim, por um ano para treinar com o projeto social Liga Urbana de Streetball (Lusb). O armador superou contusão e agora terá também a chance de brilhar em um grande clube do país.

“Pude escolher entre Paulistano, Barueri e Pinheiros. Optei pelo Pinheiros, que é da capital. Acredito que vai ser muito bom para aprimorar minha técnica”, avalia.

“O tempo que fiquei na Lusb foi muito importante. Cresci bastante. Pena que machuquei meu tornozelo e não pude ir para a seleção brasileira, no ano passado. Agradeço a minha amiga, Gabriela Nascimento, que me ajudou muito nesta fase. Agora vou ter outra chance”, disse Gabriel, eleito o melhor amador, por três vezes, no ano passado, em diferentes competições.

Gabriel também sonha em jogar no mercado internacional, mas sua inspiração não vem de nenhuma estrela do basquete.

“Meu irmão, Vitor Anderson, é meu grande ídolo. Foi ele quem me levou para começar a jogar basquete. Começamos juntos na escola, depois fomos para o Saldanha da Gama. Hoje ele joga em Araraquara (SP). E é os passos dele que quero seguir”, completou o armador.

Talentos revelados em projeto de Cachoeiro

Ex-treinador dos dois talentos capixabas que vão atuar no basquete paulista, Nilson Batistin mantém o projeto da Liga Urbana de Streetball (Lusb) para meninos de 7 a 17 anos, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado.

Foi no time que Didi recebeu as primeiras instruções para ser o grande destaque da seleção brasileira-sub 15 no ano passado, sendo campeão em cima da Argentina. Fato que orgulha, e muito, o professor.

“No parâmetro de Espírito Santo, Didi era o melhor jogador. Víamos que ele tinha um talento diferenciado e merecia jogar fora do Estado. Ele começou aqui com uns oito anos. Sempre aprendeu as coisas com muita facilidade. Demonstrou talento desde cedo. Fiquei muito feliz de ver que está tendo uma chance de mostrar o que sabe. Antes mesmo de ser convocado para a seleção, já havia recebido propostas de times de São Paulo, Minas Gerais, e Santa Catarina”, conta Nilson.

Com Gabriel, Nilson teve menos tempo de convívio, já que o garoto de Vitória ficou apenas um ano com a Liga. No entanto, neste período, observou crescimento do armador.

“Sempre jogamos contra o Gabriel porque ele é de Vitória. Mas, quando o clube dele fechou, ele veio para Cachoeiro, onde morou na casa do Didi e foi tratado como um filho pela família. Aqui ele se desenvolveu tecnicamente e se destacou como o melhor armador em vários campeonatos”.

Fonte: Gazeta Online


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